quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os dois estudos em "standby" sobre vírus da gripe das aves criados no laboratório não devem ser publicados na íntegra































O Painel Consultivo da Biossegurança dos EUA (National Security Advisory Board on Biosecurity ou NSABB) entendeu que dois estudos que foram submetidos para publicação sobre vírus da gripe das aves H5N1 criados no laboratório - e que têm o potencial de se tornarem facilmente transmissíveis entre seres humanos - não devem ser publicados na íntegra em revistas científicas.

“Nenhum dos manuscritos deveria ser publicado com todos os dados e os pormenores experimentais”, explica o NSABB, num parecer datado de 21 de Novembro mas divulgado ontem. E recomenda ainda que “as conclusões dos manuscritos devem ser publicadas sem pormenores experimentais nem dados sobre as mutações que possam permitir a replicação dos resultados”.

Recorde-se que Ron Fouchier e os seus colegas, do Centro Médico Erasmo de Roterdão, na Holanda, mostraram que bastam cinco mutações específicas no vírus H5N1 para o tornar transmissível por via aérea entre furões, os mamíferos considerados como o melhor modelo animal para estudar a transmissão do vírus H5N1 entre seres humanos. Uma outra equipa, liderada por Yoshihiro Kawaoka, da Universidade do Wisconsin, obteve resultados semelhantes.

O director da revista "Science", que tem entre mãos o artigo da primeira equipa, declarou ontem em comunicado que os seus editores vão agora ponderar “a melhor forma de proceder”. Salientando que “apoiam fortemente o trabalho do NSABB”, Bruce Alberts acha contudo “preocupante ter de negar informações potencialmente importantes em termos de saúde pública aos cientistas responsáveis que estudam a gripe”. 

"O vírus resultante [o de Fouchier e colegas]", salienta, "é sensível aos antivirais e a certos candidatos a vacina e a informação acerca dele pode bem ser essencial para acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos que permitam combater esta forma letal de gripe”, lê-se ainda no comunicado.

Alberts acrescenta que a resposta da Science ao parecer do NSABB (que não é vinculativo), "vai depender fortemente (...) da elaboração de um plano escrito e transparente, pelo governo dos EUA, que garanta que toda a informação omitida na publicação será fornecida a todos os cientistas responsáveis que a solicitem, como parte dos seus legítimos esforços para melhorar a saúde e a segurança públicas”. 

fonte: Público

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Criança de seis anos dorme 19 horas por dia depois de tomar vacina contra gripe suína























Um menino inglês de seis anos passa a maior parte do seu tempo a dormir. Depois de, em 2009, lhe ter sido administrada a vacina contra o H1N1, a criança passou a adormecer constantemente, de acordo com a mãe, 'de cinco em cinco minutos'.

A vacina Pandermix provocou no organismo de Josh efeitos secundários severos e, quase dois anos depois, as consequências da administração da droga ainda afectam a vida da família Hadfield.

Na vida familiar e escolar novas rotinas tiveram de ser incluídas depois de Josh ter sido diagnosticado com narcolepsia, uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono. Caroline conta que, durante a noite, tem de acordar o filho para comer, já que passa grande parte do dia a dormir.

Por outro lado, se inicialmente a professora enviava o Josh para casa quando este adormecia, hoje em dia a sala de aulas foi adaptada de forma a que o menino possa dormir uma sesta sempre que precisa.

Apesar de estar a ser tratado com Ritalin – um estimulante leve do sistema nervoso central, relacionado com as anfetanimas – Josh não voltou a ser o rapaz alegre e bem disposto que era.

Os pais - que consideram que deviam ter sido levados a cabo mais exames sobre o fármaco antes deste começar a ser administrado - contam que o filho perdeu o controlo muscular e adormece constantemente, mesmo quando está a caminhar, a comer ou a nadar.

Apesar de estar a ser tratado com Ritalin – um estimulante leve do sistema nervoso central, relacionado com as anfetanimas – Josh não voltou a ser o rapaz alegre e bem disposto que era, avança o MailOnline.

A vacina Pandermix foi utilizada para proteger contra o vírus H1N1 que, em 2009, se espalhou a partir do México e causou o pânico na Europa.

Em Janeiro de 2010, Caroline foi aconselhada a vacinar o filho, que por ter menos de cinco anos fazia parte de um grupo de risco. Meses mais tarde, em Julho, a Autoridade Europeia de Medicina passou a desaconselhar a administração da vacina em menores de 20 anos.

Apesar de na Grã-Bretanha nunca ter sido admitida a ligação entre a Pandermix e a narcolepsia, em países como a Finlândia e a Suécia, essa relação foi confirmada e as famílias afectadas passaram a receber uma compensação.

fonte: Sol